Perder parte da gente parece ser tão cruel. Olhar para o espelho, perceber que algo esta errado, doi. Sentir algo que você não pode definir, sentir algo que te fere, te machuca, que magoa. Contudo, perder parte do que eu era não me faz falta. Coisas ruins não fazem falta.
Preciso de algo que não sei. Talvez ser compreendida, talvez... não sei. Não quero mais falar cheia de rodeios, não quero mais buscar inspirações, eu só quero fugir de mim. Esta dor é tão terrivel que esta me matando por dentro. Não consigo mais suportar esse nó na minha garganta, essa pressão sob meus pensamentos e essa magoa, que arrebenta meu coração.
Eu queria poder entender o que eu sinto, queria entender porque estou assim. Buscando algo longe e fora de mim, tentando ser quem não sou. Aliais, quem eu sou? Eu não sei, e já não importa mais. Eu não quero mais tentar entender quem sou, eu não quero saber quem sou. Eu não quero mais nada de mim. Porque? Meus pensamentos e meu sentir me enganam.
Meu sentir me engana,me engana o que eu sinto por mim. Eu me enganei, eu acreditei que viver era só um sonho. E que lindo, eu tinha esquecido de acordar e cair na real.
Estava tudo tão bem em meus sonhos, eu estava tão feliz mergulhada na minha irrealidade. Que peninha de mim, a coitadinha não soube enxergar as coisas como elas são. E fantasiou em sua memoria que contos de fadas poderiam existir. Pena que a fada madrinha não chegou a tempo. Pena que ela não existe.
(...)
Que saudade de viver no meu mundo do sonhos. Queria poder dormir, mergulhar pelos meus bons pensamentos que sumiram, e ficar ali, vivendo e acreditando e não sei. Minha cabeça está tão confusa, não consigo falar nada, e eu queria falar tanto. Queria poder escrever até não existir mais palavras no mundo. Queria poder escrever e criar meu mundo. Meu mundo, minhas palavras e sem mim. Porque seria tão mais agradavel meu mundo sem mim. Ele seria tão melhor.
Estou tão cansada dos meus defeitos, estou tão cansada em acreditar em minhas falsas qualidades. Estou cansada de ser o que eu sou. Tenho dó de mim, tenho dó de mim.
Que péssimo! Que triste! Ser quem você é, e não ser nada.
Pensei que meu significado estava oculto do mundo das palavras. Mas , que cruel, eu não tenho significado no mundo das palavras. O que eu sinto não existe no mundo das palavras, o que eu sou também não. E pra que eu escrevo? Pra realizar algo que eu preciso sentir. Sentir que juntando letras eu posso atirar meus pensamentos. Juntando letras eu posso aliviar o que esta engasgando dentro de mim.
(Todos os palavrões possiveis) Eu preciso ficar bem. E não estou suportanto sentir isso. Não estou mais suportando ficar assim. Estou me sentindo tão fora de mim. Estou tão vazia de entendimento e felicidade. Estou tão inesplicavelmente, me odiando.
E é tão engraçado me odiar. É tão engraçado não me suportar. Eu sou uma piada. Eu vejo a insignificancia do que eu sou e acho graça. Sou tão ridicula. Sou tão, tão...assim. Estou com ódio , e eu me odeio tanto.
E, minha nossa! Que bobo, eu escrevendo tão sem rumo e tão horrivel. Que bobo acreditar que juntar letrinhas podem me fazer bem. Tão bobinha, coitadinha. Que peninha da menina que encara a vida com tanta imaturidade.
Preciso impor ordem pra mim mesma, preciso organizar tudo aqui dentro. Preciso de pastas negras e com chaves. Preciso trancar todos esses pensamentos ruins. Preciso trancar o ar de graça que um dia existiu. Ó que bonitinho, estou revoltado, com o meu proprio eu.
Louca. Rídicula. Sim. Louca. Problematica.
Que lindo, estou ficando louca. Eu tenho problemas. Eu tenho problemas.
Eu tenho grandes problemas. Preciso ser internada eu estou louca. Eu me odeio.
Eu tneho peninha de mim. Ó estou louca, ó me internem. Ninguem precisa mais dessa inutil. Ninguem precisa mais dessa máquina de fazer sofrer. Nínguem precisa dela. Ela é louca, louca. Louca.
Será que eu estou mesmo acordada? Por favor, bata minha cabeça na parede. Eu preciso saber , eu estou mesmo acordada? Um, dois, cinco anos atras... Olha lá está ela. Tão bobinha, tão rídicula. Olha lá está ela. Vejam , estão zombando dela. veja estão julgando ela!
Veja, veja, estão a maltratando. Ó , parece que ninguém se importa com os sentimentos dela.
E ela cresce, e ela se machuca. Ela se recupera. Ela cresce... ela se magoa, ela se recupera.
Ela cresce, se sente segura e quebra a cara. Ela cresce, ela tadinha.
Um, dois, cinco e hoje, de novo, ela magoada tadinha. Ela aprendeu com todos como se odiar e como se magoar. Briga com ela vai, ela merece. Briga com ela vai, ela já se acostumou a ser tão machucada. Vai briga, briga. Vai briga. Ela é rídicula. Tadinha, peninha dela.
Que paranoia. Estou louca. Ou existe explicação? Será que meu eu pode existir em paz?
Será que vou ser sempre tão magoada pela vida? Será que o meu significado é dor? Por favor, não essa palavra não.
Sobre mim, sobre mim eu preciso saber. Eu não quero isso,eu quero sumir.
Sai, sai, sai logo. Anda, sai , sai... anda vai embora. Eu estou com medo de mim.
Preciso chorar. E então... eu choro.
(...)
Será que está melhor?
Não, não estou. E então continua, e chora.
Enquanto lavo minha alma, enquanto me lavo por dentro. Penso.
Em como estou e o que eu sou. Doi tanto.
Confusão em mim.
Estou tão triste. Preciso que me façam sorrir.
E por favor, piadinhas nunca mais.
Sou tão bobinha, tão frágil, e tão pequena.
Indefesa, triste e magoada. Queria tanto ficar melhor.
Preciso tanto, de ... preciso tanto de não me sentir assim.
Estou tão cansada de chorar, de me isolar.
Pobre e indeesa coidadinha. Salvem ela!
É... não sei... e essa confusão é tão grande.
Doi tudo.
E, então ela chora. Ela pensa. Ela não se intende.
E então ela fica, mergulhada em suas lagrimas.
E tristeza, e dor, e ela; juntas.
Posso gritar? (***********)
Ok! Preciso do meu lado racional.
Preciso pensar, e parar de ter peninha de mim.
Porque horas escrevendo não me ajudam nenhum pouco.
Preciso urgentemente de um tantinho, pequeno até, de felicidade.
.
Porque doi.